Tire-me deste antro
Pois tudo está ao revés
Ao invés das mãos, os pés.
A confusão das sinapses
Devorou minha capacidade de amar
E o meu improvável encadeamento lógico
De ter fé.
O amor não comeu minha dor de cabeça
Minhas vontade e paciência se esgotaram para ler
Sobretudo, João Cabral...
(?????????)
Céus, acho que é Romano Santana.
Tire-me deste antro
O todo agora é parte e a parte
A mim, não participada mais nada.
(?????????)
E o que é o nada?
Minha libido se foi, nada tomou seu lugar.
Meus amores? Faleceram todos.
Ao menos isso é o que me dizem.
Não me recordo qual é a terça de Dó maior
Há muito não vejo minha filha brincar no quintal
Somente aos sábados (eu acho)
Esta balzaquiana vem à minha casa
Chamar-me de pai.
Estou encarcerado nas lembranças
Que nem possuo mais.
Tire-me deste antro.
Tire-me de mim mesmo
Meu mundo pereceu
Numa gama de abalos.
Este antro do qual lhe falo..
(?????????)
Como é mesmo sua graça?
Ah, sim!
Como eu dizia,
(?????????)
Este antro,sou eu.
Quantas armadilhas há na vida.
ResponderExcluirA doença é uma delas.
Gostei muito. Parabéns pelo poema.
Abraço
palvras fortes e exímias!
ResponderExcluirbelo texto poetico!
silenciosquefalam.blogspot.com