eu tinha visões.
Espíritos bons e ruíns.
Demônios anões
e belos serafins
no meio do povo!
Pouco a pouco
não houve remédio
foram-se de minha vista!
Não eras médium,
disse o psicanalista,
e sim, um louco!
Sinto saudades
do que via em outrora:
fantasmas em casa.
Nos homens de agora
há bondade escassa
e maiores maldades
Pensemos direito,
câncer, ódio, impostos,
nascer com pecado!
Melhor com os mortos!
Serei eu, todo errado
e o mundo, perfeito?
Cristiano Marcell
Você viu o além
ResponderExcluirPara anjos e serafins
Digamos amém!
Valeu Jair!
ExcluirNão eras médium
ResponderExcluirMas com tuas claras visões
Livrou-se do tédium.
O que seria do perfeito perdão sem o pecado, parabéns poeta.
ResponderExcluirGrata reflexão, caro Julio!Agradeço pelo valoroso comentário!
ExcluirMuita paz!
Gostei dos versos Cris. Esse assunto me intriga... seriam todos os médiuns loucos, esquizofrênicos? Dadas as minhas (des)crenças eu diria que sim, mas já presenciei umas coisas no mínimo... estranhas!
ResponderExcluirEscrevamos sobre o estranho também, caríssimo amigo!
ExcluirMeu caro Marcell
ResponderExcluirSe antigamente tinha visões e via fantasmas esquisitos, hoje esses fantasmas são bem diferentes, para pior e não são visões, são mesmo realidade, meu amigo: impostos, desemprego, corte nos salários e nas regalias sociais e cada vez mais em cheque o bem-estar das pessoas e o acesso à felicidade.
Estes fantasmas são verdadeiros e podemos observá-los em pleno dia, de olhos bem abertos.
Forte abraço.
Certamente, meu caro amigo Manuel! Para nos assombrar!
ExcluirPor essa e outras é que devemos temer é os "vivos"... (muito bom)
ResponderExcluirPor alguma razão o seu texto me lembrou outro texto, que aqui compartilho:
O Cético e o Lúcido
No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui
principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais
tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa
vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez
caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente
ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida
após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do
que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas
encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia
prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza
veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo
isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não
existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando,
ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida
real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela...
(Desconheço o autor)
Belo meu caro! Há muito o que refletir no texto por ti exposto!
ExcluirOlá amigo, vim em visita e, mais uma vez, lhe parabenizo pelo blog. Tenhas um magnífico final de semana. Aproveito para lhe dizer que no meu blog, além de divulgar minhas obras, estou divulgando também obras de outros autores; dê uma "olhada", se lhe interessar,entre em contato!
ResponderExcluirAbraços.
Muito bom o teu poema. Fico encantado quando vejo gente mais jovem e bem mais jovem, curtindo bossa nova. É tudo de bom!
ResponderExcluirUm abração.
Valeu, meu caro!
ExcluirGrande poesia colega!!!
ResponderExcluirTua inspiração deve ser uma mistura de Baudelaire com Poe...
Boas inspirações vem de boas leituras...
Até!
Obrigado, meu caro amigo!!
ExcluirAcredito na mediunidade e os mediuns não são loucos, não.
ResponderExcluirJá vi casos na minha família, não temo; gostei demais de poetizares assim, ficou gostoso de ler. Esse cara o Júlio Machado arrasou, gostei de ler o que escreveu, ótima crônica, bem oportuna.Te ler é um prazer, viu.
Fica em paz, com Deus e os bons espíritos; hoje é um dia abençoado, lembremos de todos os trabalhadores* *... que tenham fé e força para continuar na luta pelo pão de cada dia. Ficarei feliz se me visitar, se puder. Beijos, bom feriado!
A nossa luta é igual a do passarinho tentando romper a casca do ovo. O nosso tempo é tão precioso e nossa vida, tão fugaz... O nosso dia a dia é como uma grande corrida que precisamos estar firmes e fortes até a linha de chegada. Nesse momento, tudo é decidido pela grande mãe, pela essência da própria vida sem palmas nem ovação. É preciso fé, amor, compreensão, para fortalecermos a “essência da nossa vida”! E acima de tudo, gratidão a essa grande mãe!
ResponderExcluirUm grande abraço! http://niceveloso.blogspot.com
melhor a vida perecendo no esquife de memórias que se reencarnam?
ResponderExcluirgostei demais daqui, blog com rara qualidade...